quinta-feira, 10 de março de 2011

Das inusitadas entregas das avaliações


A cada vez que um professor decide entregar uma avaliação, os alunos parecem assumir um comportamento insólito. Hoje, percebi certo desrespeito que, como professor que já o fui, sempre dói na carne como se tivesse vivido eu mesmo tal demérito. Para o professor, sempre uma certa tensão. Os alunos, embotados pelo próprio desespero, parecem não perceber que nesta hora fatídica quem mais padece da insegurança é o docente. Como já têm a nota definida, só não sabendo ainda o resultado, não percebem   que o avaliador é quem se sente em pleno processo de avaliação.
É o momento da chantagem, da negociação barata, barganhando um décimo aqui, uma interpretação extensiva ali. Percebo o jogo em suas sutilezas porque agora o jogo do lado discente. Angariei décimos importantes, negociei por colegas. O jogo só não parece totalmente legal porque não há boa fé por parte de todos.
Algo irritante é o terrorismo por parte de alguns, que parecem querer boicotar o processo como um todo, como se o professor tivesse por obrigação cancelar a prova naquele exato momento em que o aluno percebe um critério de correção mal colocado, um erro de gabarito ou uma interpretação desvantajosa.
Forante isso, uma lição sempre é aprendida: é preciso estudar mais.

Ricardo Orsini - ricardo.orsini@gmail.com

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