quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Dos atrasos no conteúdo


Uma coisa me deixa preocupado: já estamos chegando na metade do semestre (ou quase), se contarmos que em dezembro as coisas não funcionam muito bem. Ainda assim, fora a disciplina de Processo Penal (que está adiantada), todas as outras ainda estão no primeiro terço ou no primeiro quarto do que está previsto no programa. Teremos que correr um pouco e tentar não quebrar antes do final.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Enquete 01 - Resultado

ENQUETE: O QUE MAIS ATRAPALHOU AS AULAS NESSE SEMESTRE?


  • Os feriados: 0 voto
  • A preguiça: 0 voto
  • Os professores: 139 votos (99,29%)
  • Os alunos: 1 voto (0,71%)
  • A falta de estrutura na PUC: 0 voto
  • A falta de planejamento da PUC: 0 voto
  • Outras questões: 0 voto 
      Total: 140 votos


Votação encerrada em 09/06/11.
Dê sua opinião sobre o resultado da enquete no espaço para comentários.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Dos alunos que não querem nada com nada

 


Sala de aula. Meu celular recebe uma mensagem de texto. Era L., perguntando se o professor havia dado indícios de que iria fazer chamada naquele dia. Respondo que não, que ela podia ficar tranquila.

Vejo vários professores questionarem a postura de alunos desinteressados, que não se envolvem com as atividades, não assistem às aulas, e que, inexoravelmente, terão como castigo um destino implacável: "não serão nada na vida". Às vezes, esse predição superegóica é ainda mais específica: "não conseguirão passar no exame da OAB e venderão churrasquinho na feira". Eu mesmo, na irritação de ver a aula atrapalhada pela cambada do fundão que não para de conversar, mesmo com a chamada já realizada, faço tais predições. Nessas horas, se dependesse de mim, estavam todos no limbo do sub-emprego, seriam eternos estagiários, condenados a tirar cópia autenticada de documento, no cartório da rua 7, em horário de pico.

Entretanto, a cada dia que passa, a cada frustração com a sala de aula, me pergunto o quão válida é a generalização apressada construída no parágrafo anterior. A minha colega L. é um bom contra-exemplo de como as coisas não funcionam exatamente daquela forma, pelo menos não em todos os casos. Ela costuma tirar as melhores notas nas provas, é sempre focada nos estudos, apesar de estudar apenas o necessário para fechar as provas. Não assiste aulas que considera inúteis, fazendo o cálculo do números de faltas estritamente necessárias para não reprovar por frequência. Sempre que pode, responde à chamada e vai para a biblioteca, estudar para concurso. Não na biblioteca da PUC – que é barulhenta –, mas na do TRT, sempre povoada pelos concurseiros profissionais. Que futuro estará reservado para uma aluna como ela?

Admito que existe realmente um bando de alunos desinteressados mesmo. E o bando não é pequeno. Mas, cabe um questionamento aqui: o que aconteceria se boa parte deles começasse a se dedicar integralmente a todas as disciplinas, levasse absolutamente a sério todas as aulas, incorporasse ao seu patrimônio acadêmico todas as preleções de todos os professores?

Já até tentei, no primeiro período, ser esse tipo de aluno. Posso ter errado na estratégia, posso não ter a competência necessária, mas só me lembro de quebrar a cara. Foram dias de dedicação a trabalhos que não eram corrigidos, horas a fio assistindo aulas que não diziam nada, páginas e páginas de obras que, mais tarde, descobri fazer parte de uma literatura irrelevante e pouco sintonizada com a ciência jurídica.

Mas, estou aprendendo as lições de L: aluno exemplar não significa, necessariamente, sucesso acadêmico. Juro que queria ter a convicção de um excelente professor e ter como válida um enunciado condicional que, recentemente, foi por ele proferido: "o sucesso só virá se vocês estudarem bastante, não apenas para concurso, mas para a vida". A essa altura do "campeonato", soa bem "auto-ajuda", não soa?

Ricardo Orsini – ricardo.orsini@gmail.com

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Do misterioso destino dos dados da avaliação discente



Acabei de receber um e-mail da Profª Drª Sônia Margarida Gomes de Sousa, Pró-Reitora de Graduação da PUC-GO, a respeito do processo de auto-avaliação 2011. Na verdade, não recebi 1, mas 59 mensagens repetidas. Aconteceu com mais alguém?
Gostaria de saber qual é o efeito prático dessas avaliações. Deve haver, por certo, uma quantificação dos dados, fornecendo critérios objetivos de avaliação do docente. Ainda que eu acredite que o aluno não é a pessoa com as melhores condições para avaliar o professor, defendo que a avaliação discente pode, sim, ser levada a sério, se bem conduzida. Mas, fica a dúvida: o que acontece com os dados dessa avaliação?

Ricardo Orsini - ricardo.orsini@gmail.com

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Dos injustificáveis trabalhos interdisciplinares


 Post curto.
Alguns professores, em respeito ao projeto interdisciplinar (não sei se da PUC ou apenas do Departamento de Ciências Jurídicas), andam cobrando trabalhos ou questionários com um tema bastante genérico: "Ética". Sabemos que vários professores criticam, por vários motivos, esse tal projeto interdisciplinar, mas ordens são ordens. Fosse eu professor da PUC, também aplicaria tais trabalhos. Como sou mero aluno, cabe então algumas considerações.
         Com relação a este tema (a Ética), uma pergunta que me parece bastante pertinente: o que é "Ética"? Como fazer um trabalho sobre um tema tão genérico sem ao menos ter dele uma noção básica, um conceito mínimo e razoável. Não sei ao certo se a Ética tratada é a disciplina filosófica e, neste caso, se estaríamos tratando de ética no sentido kantiano, ou aristotélico, ou as éticas não fundacionistas do século XX. Não sei se, na verdade, estão confundindo ética com moral (ou pressupondo que não existe tal distinção), ou misturando códigos de ética positivados com a noção de usos e costumes. Ou, ainda, despretensiosamente sugerindo uma singela reflexão sobre o direito e a crise de valores da política nacional. Uma bagunça, enfim.
Por mim, que se reavalie esse tal projeto!

 Ricardo Orsini – ricardo.orsini@gmail.com

terça-feira, 12 de abril de 2011

Das inconsequentes reclamações acadêmicas



Hoje, um colega de sala referiu-se a um professor de tempos idos de maneira bastante depreciativa, com qualificativos que não convêm serem repetidos por aqui. Essencialmente, queria dizer que o professor era rigoroso com relação às notas. Por outro lado, não é raro ouvir reclamações com relação à qualidade das aulas, que o curso de Direito não é suficiente para a prova da OAB, que é preciso fazer cursinho mesmo antes de formar-se etc. Tem algo estranho neste raciocínio.
Se um professor é rigoroso com na formulação e na correção de suas provas, mas faz seu trabalho direitinho, preparando suas aulas, criando estratégias mínimas de aprendizado, tirando as dúvidas, o mais razoável é esperar que ele faça uma avaliação rigorosa. Afinal, não é para isto que pagamos pelo serviço oferecido pela PUC?
Para quem busca apenas um diploma de graduação, não cabe reclamação. Cabe apenas torcer para que tudo passe da maneira mais rápida e indolor possível. Quando há choradeira em relação ao rigor dos professores, o prejuízo acadêmico é incalculável. Poucos não foram os professores que já me confessaram "maneirar a barra" para evitar reclamações, processos, dor de cabeça de final de ano e coisas do gênero. No meu entender, "maneirar a barra" implica em prejuízo acadêmico, menos aula, mais embromação, menos aprendizado, enfim, mais daquilo pelo qual não pagamos.
Para quem quer um curso com mais qualidade, que permita enfrentar desafios profissionais e pessoais mais significativos, é incabível reclamar do rigor acadêmico do professor. É claro que não se pode abrir mão de questionar professores arbitrários, desorganizados, preguiçosos, vingativos, que usam a nota como instrumento de chantagem. Mas, isto já é outro problema.

Ricardo Orsini - ricardo.orsini@gmail.com

terça-feira, 5 de abril de 2011

Das irritantes características que um aluno pode ter


Fala-se muito, nos corredores, dos maus professores. Como a chuva de verão e o gol do final de semana, falar mal do professor é o pretexto para a conversa rápida de elevador (o que, na PUC, pode durar vários minutos). Mas, convenhamos, o comportamento de muitos alunos é mais irritante do que a pior das aulas, que o mais preguiçoso dos professores. Senão, vejamos:

COISAS IRRITANTES NO COMPORTAMENTO DO ALUNO:

- arrastar carteira;

- atender celular em sala e falar alto;

- falar "chamada" sorrateiramente (mas em alto e bom som), quando ainda faltam 15 minutos para terminar a aula;

- comemorar quando o professor não aparece para dar aula (o valor de cada aula é mais ou menos quinze reais);

- ficar conversando em sala de aula, depois de feita a chamada, quando já não existe nenhum impedimento para fazer isto fora de sala de aula;

- juntar os colegas para ver as fotos de suas amigas no Facebook, durante a aula;

- afirmar que o professor é péssimo e reprovar por falta etc.

A lista é interminável. Alguma outra sugestão?